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A ponta do iceberg da desinformação

Tempo de leitura: 7 min

Escrito por vjweb@hotmail.com
em 01/02/2023

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Mais de 70% da população brasileira com internet já acreditaram em uma fake news sobre a pandemia. O percentual é notavelmente sobranceiro, mas deve-se levar em consideração que, para declarar que uma informação falsa foi recebida, é necessário tê-la previamente reconhecido porquê falsa. Isso significa que, possivelmente, quase toda a população recebeu qualquer trote relacionado à Covid-19. No entanto, notícias falsas são exclusivamente a secção mais visível da desinformação, um iceberg que está à deriva. Vamos falar sobre isso neste post.

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A ponta do iceberg da desinformação

Fake news e desinformação, as palavras do ano

Em 2017, “fake news” foi eleito o termo do ano pelo léxico Collins. No início deste século, o termo começou a ser usado com certa frequência, pois era cada vez mais evidente que estávamos diante de um sério problema no manuseio das informações.

Um problema que tinha a ver tanto com a quantidade quanto com a qualidade da informação. Não foi só a Internet que multiplicou a produção e a circulação da informação ao inimaginável. Acontece também que a mídia tradicional estava em crise e a crédito neles estava despencando.

Mas foi durante a campanha para as eleições presidenciais dos EUA de 2016 que o uso dessa expressão se tornou popular quando Donal Trump usou a expressão como um ator usando uma frase de efeito. Ele repetia isso incessantemente para acusar de falsidade cada meio de comunicação que publicou informações que eram contra ele. Repetiu isso em entrevistas, em comícios e, claro, no Twitter.

Entre 2016 e 2017, o uso do termo fake news aumentou 365%.

Completando a definição de fake news

A definição no dicionário Collins: informação falsa, às vezes sensacionalista, disseminada como se fosse informação jornalística (“false, often sensational, information disseminated under the guise of news reporting“). Desde então, novos elementos tem sido apontados para completar esta definição.

Intencionalidade: as fake news são o meio para um fim

Um equivalente para fake news é “hoax”, definido porquê “notícia falsa para qualquer propósito”. Assim, uma particularidade fundamental das fake news é adicionada: intencionalidade. Não são simplesmente informações falsas que passam a vida disfarçadas de relatos confiáveis. São informações elaboradas e divulgadas com o intuito de atingir uma finalidade específica.

Esse fim pode ser diverso. Você pode simplesmente fingir que está ganhando dinheiro ganhando cliques em títulos falsos, mas muito chamativos. O objetivo pode ser desacreditar um partido político rival a fim de antagonizá-lo com seus simpatizantes.

As fake news também podem fazer parte das estratégias geopolíticas como parte de uma guerra de informações de todos os países que possuem os meios para isso.

O online: Vertical vs. horizontal

First Draft é uma iniciativa privada dedicada à análise da desinformação. Apontam outro elemento inerente às fake news: são criadas e divulgadas no contexto online.

Até o advento da internet e das redes sociais, as informações obedeciam a um protótipo de broadcasting. Os meios de notícia preparavam e divulgavam as informações. O público se limitava a consumir e comentar durante o moca ou esperando a saída das crianças na porta da escola.

Mas a Web 2.0, e posteriores, mudaram leste protótipo completamente. Agora, praticamente qualquer pessoa pode fazer suas próprias notícias falsas e, supra de tudo, podemos participar da circulação do teor.

Se a antena da qual as televisões ou rádios transmitem é elevada verticalmente, o Wi-Fi nos permite compartilhar o mesmo projecto nivelado.

Obviedade: fake news não são até que sejam

O online não implica exclusivamente horizontalidade. Também significa que as notícias falsas precisam ser tudo o que a comunicação digital envolve. Ou seja, um trote, para ser definido porquê tal, precisa amontoar visitas, likes e ser compartilhado. Também requer uma reação oposta. Não basta que o teor circule entre contas que o consideram verdadeiro. Deve despertar suspicácia, sátira e polêmica.

O teor falso definitivamente acabará se tornando uma fake news quando for verificado e marcado porquê tal. Uma farsa será quando alguém, com evidências, rotulá-lo. O imperador fica vestido até o menino indicar o dedo para ele e gritar para a povo que ele está nu.

O gigantesco iceberg da desinformação

Os elementos que nos parágrafos anteriores foram acrescentados à definição inicial de fake news permitem-nos debutar a vislumbrar a dificuldade do problema que enfrentamos.

O número de circunstâncias que entram em jogo vai da geopolítica à psicologia, passando pelos algoritmos que regem o funcionamento das redes sociais ou da exclusão do dedo.

Os vieses de conhecimento nos levam a ignorar todas as informações que questionam nossas crenças e a crer piamente em tudo o que nos dá razão. Os algoritmos privilegiam o teor negativo porque a controvérsia cria mais engajamento e nos prendem em uma bolha em que os consumidores sempre consomem o mesmo tipo de teor. A exclusão do dedo deixa uma boa secção dos cidadãos fora dos lugares onde as conversas públicas agora acontecem.

Admitir essa dificuldade nos leva a ampliar nosso foco. E é a partir dessa visão universal que podemos debutar a entender a dinâmica da desinformação que nos prenúncio.

Não somos o Titanic

No Primeiro Estudo sobre o Impacto de Fake News na Espanha, 30% das pessoas entrevistadas afirmaram que informações falsas os haviam causado discussões com familiares ou amigos. Não é a pior coisa que nos poderia sobrevir, mas os problemas de convívio também não devem ser subestimados.

De harmonia com um Eurobarómetro realizado antes da pandemia, 83% da população da UE identificou a desinformação porquê um “transe para a democracia”.

A pandemia também foi uma era em que todos os elementos de desinformação foram exacerbados. Também seus efeitos. A circulação de informações falsas e o fortalecimento das teorias da conspiração colocam e colocam em risco a saúde coletiva.

Mas entre tantos números, também há dados para esperança. Segundo estudo realizado pelo grupo Digilab, em abril de 2020, intitulado “O consumo de informação durante o confinamento devido ao coronavírus”, 73,5% dos entrevistados afirmaram verificar as informações que consideraram duvidosas.

E se a internet e as redes sociais são secção do problema, também podem ser secção da solução. O espírito com que nasceu a rede foi de compartilhar conhecimento e criá-lo juntos. Existem muitas iniciativas que recuperam o trabalho comunitário para combater a desinformação. A comunidade sempre foi um valor na internet e agora é mais necessária do que nunca.

Cada vez que conhecemos o problema melhor e mais e mais soluções estão disponíveis para nós.

O trabalho do Community Manager contra a desinformação

Informação, contexto online, comunidade… todos esses são elementos-chave do trabalho do Community manager. Entre as muitas tarefas que compõem leste trabalho, estão: organizar e gerar teor, agilizar e moderar a conversa em nossos perfis, saber o funcionamento das redes que administra, interagir com outras contas… Na maioria dessas tarefas podemos fazer decisões que turvam o quadro da desinformação ou que, ao contrário, ajudam a clarear o horizonte.

Ao selecionar teor de fontes e opiniões variadas, perfuramos a bolha em que os algoritmos nos bloqueiam e compartilharemos uma visão ampla e diversa com nossa comunidade. Se ignorarmos o teor que incentiva o ódio, até mesmo para mostrar nossa indignação contra ele, paramos de servir porquê oradores. Se compararmos os dados com que lidamos, preparamos um teor rigoroso e confiável.

O primeiro passo, porquê em tantas outras coisas, é tomar consciência do problema. Nesse sentido, a visão universal que leste item defende pode ser muito útil. Porque, ou por outra, a visão global também implica assumir que se trata de um problema social e, portanto, todos devem se comprometer por sua própria responsabilidade.

Se você trabalha porquê Community Manager, tem uma profissão privilegiada para lutar contra a desinformação. Cada vez que conhecemos o problema melhor e mais e mais soluções estão disponíveis para nós. Vamos nos esquivar do iceberg.

O que você achou deste item? Você gostaria de gerenciar a notícia do dedo e a presença online de uma empresa? Forme-se com a Pós-graduação em Marketing Digital e Social Media onde aprenderá a planejar a notícia e as redes,  muito porquê a integração da cultura 4.0 e as mídias sociais nas organizações para desenvolver a novidade Empresa.

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Arthur Paredes

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